ESTOU APAIXONADA, E AGORA?

Quem nunca se apaixonou? Dá aquele frio na barriga, perdemos a fome, ficamos eufóricos e cegos. Nossos olhos só têm um destino: o objeto do nosso desejo, da nossa paixão. Chegamos a passar mal, nosso metabolismo é completamente alterado, ficamos bobos e ainda achamos que é o melhor sentimento do mundo. Mas é curioso pensar que se procurarmos a palavra paixão nos dicionários descobrimos que está associada a sofrimento, martírio, perturbação, movimento impetuoso da alma, parcialidade, entre muitos outros que nos fazem parar por um instante e pensar então porque apesar disso tudo ainda queremos estar apaixonados. Sem falar que a paixão algumas vezes é associada a estados doentios ou entorpecentes, até porque nosso organismo passa por alterações físicas quando nos apaixonamos. Estudos mostram inclusive que alguns desses estados em muito se parecem com dos usuários de drogas. Ficamos literalmente viciados no nosso objeto de desejo, não temos mais concentração e tudo que queremos e ter um pouco mais daquilo que nos faz tão bem. Ou melhor, daquilo que nos deixa entorpecidos, que sacia essa intensa vontade que é não apenas emocional, mas também física.   Alguns estudos recentes chegaram inclusive à conclusão que ficamos limitados quando estamos apaixonados, às vezes até burros. Perdemos a capacidade de tomar decisões, pois perdemos a razão e ficamos totalmente parciais. E ainda assim é tão bom. Tem gente que é capaz de se apaixonar sempre. Na verdade, alguns parecem estar constantemente nesse estado de paixão. Mas em geral nos apaixonamos no início de uma relação, quando conhecemos alguém e nos envolvemos com essa pessoa. Na verdade a paixão vem antes. Nos apaixonamos e por isso queremos conviver mais com o nosso objeto de desejo. No início é tudo sempre lindo e maravilhoso. Depositamos todas as expectativas na pessoa por quem nos apaixonamos, que passa a ser um ser perfeito. Não existem defeitos, só qualidades, afinal de contas aquela pessoa nos completa, preenche todos nossos buracos e vazios interiores. Dizem que a paixão dura até dois anos aproximadamente, que astrologicamente tem a ver com um ciclo de Marte, planeta ligado aos desejos sexuais e às paixões. Durante este período, ativamente vamos descobrindo o outro e em nome daquela paixão depositamos toda nossa energia naquela relação. É bem Marte, o planeta que age, que luta pelo que quer, que corre atrás de seus desejos. Dependendo isso acontece de forma mais ou menos intensa e com mais ou menos expectativas. Mas por mais fraco que seja aquilo que sentimos, toda paixão tem sua intensidade e sem dúvida mexe com todo nosso organismo. Conforme vamos conhecendo melhor a pessoa e os efeitos da paixão diminuem, começamos a ver quem é realmente o outro. Só que raramente ou nunca esse outro é aquilo que sonhamos. O primeiro e natural é que haja uma aproximação e que o casal viva intensamente aquilo que sente até que o fogo inicial se consuma e em seu lugar surja o amor, que passa a ser alimentado pela convivência e pelo carinho mútuo que se forma. Para que isso aconteça de forma saudável, é preciso saber respeitar o tempo de cada coisa, sabendo que esse ciclo de paixão tem fim depois de algum tempo e que não será apenas isso a garantia de um amor eterno. Mas é claro que esta paixão pode se reciclar e o fogo se manter acesso, mas será preciso reinventar esta paixão constantemente para que isso possa acontecer. Quando isso não acontece, é porque a relação era baseada apenas em paixão e isso também é possível de ser detectado em uma análise astrológica. Quando sabemos disso, fica mais fácil seguir adiante quando acaba a paixão e constatamos que não há nada mais para sustentar a relação, por mais intensa que tenha sido. É uma opção e não é menos positiva, já que viver uma grande paixão já é melhor do que não viver nada. É sinal que estamos vivos e que podemos amar. E nem sempre essa paixão vai se transformar em amor. Neste caso, o importante é aceitar e agradecer a experiência, guardando a sensação de vida e felicidade e seguir adiante. A mais difícil das possibilidades é quando a paixão não pode ser vivida, seja porque não é correspondida ou porque a vida assim desejou, por exemplo quando há outras pessoas envolvidas, distância física, etc. Neste caso, é importante compreender o que está sendo sentido e avaliar o quanto vale a pena alimentar o sentimento. Muitas vezes, uma paixão inicialmente impossível ou proibida pode se transformar numa possibilidade e isso é feito quando insistimos em seguir o que sentimos sem tanta ilusão. Mas nem sempre isso é possível e neste caso o melhor a fazer é aceitar, entendendo que somos capazes de nos apaixonar e direcionar toda essa energia criativa para algum lugar, já que estamos falando de aspectos que inclusive astrologicamente têm a ver com a capacidade de agir, de fazer acontecer, de criar e de se aventurar em busca da felicidade, mesmo que ela não esteja em nosso tão cobiçado objeto de desejo. Isso porque a paixão, apesar de mexer tanto com a gente, é vida e se apaixonar é estar vivo. Por isso, qualquer paixão tem que ser vivida, ainda que internamente, com atenção suficiente para não ser inconsequente nem sofrer demais quando ela passar.  Para isso, é importante entender melhor como isso funciona em nós, em nosso momento e como podemos lidar melhor com ela. Sabendo disso tudo, estaremos mais seguros e prontos para nos apaixonar. Será? Vale a pena tentar!

                                                                                 Grande Beijoooo

Nenhum comentário:

Postar um comentário